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fogo amigo

Prazo encerrado

Olá Ponteirada

Nunca antes na história deste país uma expressão foi tão mal utilizada: “fogo amigo”.

Volto a esta Lista de discussões para propor uma reflexão. Um breve parêntese à missão precípua da Lista: discutir, debater e dialogar propostas de políticas públicas no campo da Cultura e procedimentos e ações no Programa Cultura Viva.

Um breve parêntese a tudo que vem sendo feito de acordo com a finalidade de uma Lista de discussões como esta – discutir. Ainda que, num ou noutro momento, se extrapole o tom de cordialidade esperado. Mas nada que subverta a função de uma Lista de discussão, mesmo quando os mais sensíveis à elevação da temperatura dos debates se sentem um tanto desconfortáveis.

Vamos, pois, à reflexão sobre o mau uso da expressão “fogo amigo”:

É inegável que, entre os trabalhadores de cultura do Brasil, há um grande conflito de opinião, com relação a atual gestão do MINC.

De um lado os que acreditam que a atual gestão está correta em ajustar os procedimentos, para se atingir a continuidade com melhorias e, do outro, os que acreditam que está havendo uma ruptura nos procedimentos de gestão, comprometendo as promessas de campanha da Presidenta Dilma, pela continuidade com melhorias.

São duas posições absolutamente claras e objetivas, que a despeito dos interesses ocultos ou do próprio mérito da questão, divide os trabalhadores da Cultura em dois grupos. E notem que eu me refiro aos trabalhadores da Cultura e não aXs PonteirXs.

De há muito, esta é uma luta do campo da Cultura, em todos os seus setores, e nem mesmo partiu de um ponto definido. A luta já nasceu plural.

Ora, portanto, há Flamenguistas (Corintianos, Colorados, Atleticanos…) dos dois lados. Nem por isso, no Maracanã (Pacaembu, Beira Rio, Mineirão…) os Flamenguistas que acham que a atual gestão está certa ou está errada, vai torcer pelo Vasco enquanto a que acha o contrário torce pelo Flamengo (Corintiano torcendo pelo Palmeiras, Colorados torcendo pelo Grêmio, Atleticano torcendo pelo Cruzeiro…). Antes de tudo, cada um tem seu time. Seus interesses coletivos prevalecem sobre os particulares.

É isto: tem PonteirX que se alinha ao grupo dos que estão achando que está tudo caminhando como deveria e tem PonteirX achando que há uma ruptura que ameaça ao Programa.

Ou seja, quando se vê (pelo amor de Deus sem nenhuma crítica embutida a nenhum dos dois lados), por exemplo, a nossa Ponteira Voluntária – a Índia Gaúcha – fugir do seu estilo meigo e conciliador (… pelo que me consta aqui não estamos pra brincar ou pra sermos desrespeitados de forma tão abominável…), optando por um discurso tão contundente, está claro que ela não praticou fogo amigo.

Nesta disputa de opinião a Marly está claramente do lado dos que consideram que não houve uma ruptura enquanto o Mário está do lado dos que estão preocupados com os rumos da atual gestão. São adversários de opinião. Neste momento e no assunto específico. Não são “amigos”.  Mas são PonteirXs. Como os torcedores do Flamengo permanecem Flamenguistas independente da opinião que tenham sobre a condução da atual Gestão do MINC, os dois permanecem PonteirXs.

O que fará com que mudem de lado tão logo perceberem que a sua opinião não está favorecendo à Ponteirada e/ou ao Programa Cultura Viva. Afinal, os dois torcem pelo mesmo Time: os Pontos de Cultura!

É só isto. Não há caos, nem perdas significativas para o Movimento, diante dessa divergência pontual.

Eu arriscaria dizer que, muito pelo contrário, estamos vivendo um extraordinário momento de amadurecimento do Movimento com essas discussões.

Se me perguntarem se eu não preferiria que as discussões fossem mais amistosas, de repente, simplesmente por temperamento, responderia afirmativamente. Mas, volto a insistir, nada do que está sendo discutido (no Fórum adequado: uma “Lista de discussão”) irá comprometer o avanço do Movimento, que na essência é o “Time” de todXs da Lista.

Nem ao menos vai comprometer, por exemplo, o esfuziante cumprimento entre Marly e Mário, no dia 25, em Brasília, quando os dois se reencontrarem (podem filmar e fotografar para ver que tenho razão).

Para terminar, alerto a todXs, que a CNPdC é formada por mais de 60 Ponteiros e esta discussão está restrita a menos de 10% dos seus membros. Portanto, não expressa uma inquietação unânime.

É verdade que muitXs companheirXs não frequentam usualmente está Lista. Mas muitXs dos que a frequentam não se mostraram inquietXs com a situação em tela.

Por isso achei por bem trazer esta reflexão à Ponteirada, que, pela quantidade de réplicas, tréplicas, quadréplicas, quintréplicas… possa ter se deixado distrair pela discussão, frente ao absoluto sucesso da verdadeira Mobilização dos Pontos de Cultura que realizamos por esse país a dentro, no dia 18.

Não fora o tamanho continental do nosso país, a falta de uma política de transportes adequada ao seu tamanho e os custos de deslocamento da Ponteirada até Brasília, tenho certeza que multiplicaríamos este sucesso na Marcha dos Pontos em Brasília, duplicando, triplicando ou quadruplicando os 4000 PonteirXs, que estiveram presentes na última TEIA.

Tem muito mais gente querendo do que gente podendo ir a Brasília no dia 25 de maio, o que é uma lástima, embora compreensível.

No mais, sobre representatividade, preconceitos estéticos e outros que tais, falo em outra oportunidade, para poupar aos que, heroicamente, me lêem até o ponto final.

Beijos

Davy

Relatoria da Pauta

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