Reunião da Subcomissão de Sustentabilidade da CNPdC
Pirenópolis GO – 18 de março de 2011.
Representantes
- Leri Faria – Minas Gerais
- Mário Brasil – Pontão de articulação da CNPdC
- Patricia Ferraz – Pontão de articulação da CNPdC
- Luciano – GT Pontões e Articulação em Rede
- Andréa Freire – Mato Grosso do Sul
- Isabel Cristina Alves – GT Economia Solidária
- Fabrício Souza Barboza – GT Capoeira
Secretariado – Andréa Freire com a colaboração de Mário Brasil e Fabrício Barboza
Relatoria – Leri Faria
Pauta:
Definição de tempos.
1. Conceito de Sustentabilidade
2. Análise da conjuntura de governo Dilma
3. Avaliação, funcionamento da CNPdC do Ponto de vista da sustentabilidade
4. Reunião com o MinC
5. Avaliação da pertinência das iniciativas e da situação dos GTs Estaduais e temáticos e propostas de reorganização
6. Calendário das Teias
1. Conceito de Sustentabilidade
- A sustentabilidade está na importância da TEIA, porque vem prioritariamente da força dos relacionamentos.
- Como se sustentavam os pontos, antes do Programa Cultura Viva?
- Conceito de cultura como bem comum – Economia solidária, micro-economia. O movimento popular sempre existiu e sempre se sustentou entre a partilha e cotizações coletivas, atividades e distribuição de tarefas. O estado deve ter a obrigação de manter os grupos e estes também devem ter suas obrigações e contrapartidas.
- Reconhecimento da Economia da Cultura. Criar vias para que a cultura possa se sustentar na economia capitalista, preservando a noção de bem comum e criando alternativas com a geração de micro negócios. A comunicação é uma importante ferramenta para a sustentabilidade, bem como a criação de parceria com empresas e pessoas que praticam economia solidária.
- A preocupação com a sustentabilidade também está nas comunidades indígenas, nos terreiros, que tem no simbólico um importante valor agregado aos seus produtos.
- O conceito de sustentabilidade está num tripé econômico financeiro, social e ambiental.
- Construir um caminho de valorização de perspectiva de sustentabilidade que vá além, algo exeqüível a longo prazo e que possamos propor para nossas bases.
- Recurso é um investimento e deve gerar uma capacitação. Ela deveria detectar e ampliar o potencial produtivo (estamos na direção de economia da cultura e das microeconomias), receita para o custeio e preservação do conhecimento e da ação em rede.
- Investimento é capitalismo e mercado, ou a cultura é um bem comum ou economia de mercado? É possível criar avaliadores que não sejam mercadológicos?
- Precisamos criar um modelo novo que reflita a diversidade e as necessidades dos pontos de cultura.
- Identidade é que fortalece o movimento.
2. Análise de conjuntura do novo governo Dilma e seus reflexos no MINC e sua regionais.
- Observamos uma ação governamental em direção contrária as políticas adotadas anteriormente. Detectamos a necessidade de atuar em outras frentes políticas tais como a Secretaria Geral da Presidência (Gilberto Carvalho), Frente Parlamentar da Cultura. Essa mobilização das bases e articulação de ampliação de atuação política são fundamentais para a sustentabilidade do programa.
- Estratégia de envio de e-mails, cada um da comissão (50) pessoas devem enviar 5 ou 10 e-mails para os parlamentares dos seus Estados e que escolham um ou dois parlamentares para um corpo a corpo: padronizados com uma logomarca, escolha dois parlamentares pra levarem isso para o Congresso.
- Identificamos a necessidade de apresentar dados mais amplos e concretos sobre os benefícios do Programa Cultura Viva, sua manutenção, aprimoramento e expansão nos próximos 20 anos. Para isso devemos produzir um documento que enumere dados como: investimento que precisa ser feito, o tempo da sua manutenção e a perspectiva de retorno no que se refere a inclusão social, geração de renda e melhoria da qualidade de vida da população.
- Necessidade de articular a Lei Cultura Viva e as demais iniciativas legislativas ( PECs, novo marco legal) com os outros segmentos do terceiro setor.
- Provocar rodadas de audiências públicas pelo país para discutir a Lei Cultura Viva.
- Identificamos a necessidade de checar se o decreto presidencial que determinava a não incidência de cortes sobre o Fundo Nacional foi revogado, visto que ele sofreu um corte de 50%.
3. Avaliação do funcionamento da CNPdC, suas Subcomissões e o Conselho Político Executivo. Subcomissões – Articulação, Mobilização, Legislação, Comunicação, Pesquisa e Memória, Sustentabilidade e Produção
- A CNPdC precisa melhorar – se comprometer com o trabalho, do início ao fim. Identificamos a necessidade de uma participação maior e mais efetiva de todos os representantes. Visando melhorias propomos as seguintes iniciativas: que cada subcomissão tenha um relator e que esse publique um relatório quinzenal na rede; tornar o Conselho Político efetivo e atuante; definir uma metodologia de ação para cada instância da CNPdC ( planos de trabalho e metodologia e contribuições com conteúdo visando aprimoramento da formação política).
- Detectamos a necessidade de um maior entendimento do significado da representatividade coletiva de cada membro na CNPdC . Ser representativo é cumprir as tarefas acordadas com o coletivo. Quem não quer se imbuir dessa representação, do trabalho que tem que ser feito, deve se afastar. Chegou o momento de reconhecermos isso, o MINC trata a gente assim porque percebeu essa vulnerabilidade.
- Ferramenta de Gestão e Planejamento estratégico – trabalho coletivo precisa de ferramentas estruturadoras e recursos.
4. Reunião com o Ministério da Cultura
- Atitude protocolar do MinC
- CNPdC atuar também de forma protocolar, ouvi-los.
- Eles não respeitaram a estatura política de nossa atuação.
- Estratégia clara- depois da fala deles sugere uma pausa para o café.
5. Avaliação da pertinência das iniciativas e da situação dos GT’s Estaduais e temáticos e propostas de reorganização
- É necessário que os GT’s apresentem seu plano de trabalho como projeto, pensando as possibilidades de fomento e viabilização para realização dos planos de seus trabalhos.
- Apresentação do Projeto do GT, com: Apresentação / Objetivos / Metas/ Cronograma/. Avaliação. Capacitação no sistema de gerenciamento e planejamento proposto.
- Criar possibilidades de fomento para realização dos planos de trabalho dos GT’s.
6. Calendário das TEIAS
- Destaque para o Fórum Nacional e para os Fóruns Estaduais, este que aconteçam simultaneamente para produzir conteúdos e documentos para a Teia Nacional.
- Geração de outras fontes para fundo de mobilização para autonomia do movimento – através de feiras, espetáculos, doações, parcerias, entre outros.
- Reinventar o nosso processo, esse é o protagonismo real.
- Documentos com diretrizes, bandeiras e princípios do Movimento Nacional dos Pontos de Cultura para serem distribuídas em todos os pontos de cultura.
Prioridade
- Fortalecer a comunicação política do movimento.
- Concluir o Cadastro Nacional dos Pontos de Cultura.
- Lançamento do Movimento Nacional Cultura Viva.
- Sustentabilidade a partir de ações conduzidas pelo Movimento.